Texto de Pascal Cousin, presidente da NALO – http://cousin.pascal1.free.fr/nalo.html
– Barulho : os arrulhos incomodam
– Sujidade e degradação dos edifícios : as fezes sujam os rebordos das janelas, as construções situadas nas imediações dos locais de nidificação, por vezes também os automóveis, e inclusivamente, degradam a própria pedra.
– Doenças : estas aves são portadoras de germes microbianos muito perigosos!
Estas afirmações são ou falsas ou exageradas!
O BARULHO
Tornou-se o homem completamente degenerado preferindo o enorme ruído das motos, dos camiões, etc, ao canto de amor do pombo?
SUJIDADE E DEGRADAÇÃO DOS IMÓVEIS
Na cidade toleram-se os excrementos dos cães mas não os dos pombos! As fezes do pombo cujo PH fisiológico é praticamente neutro não são a causa da destruição dos edifícios, nem mesmo dos pseudo problemas estéticos (muros cinzentos ou enegrecidos, etc). É preciso procurar a causa na poluição atmosférica. Muitos edifícios históricos estão em péssimo estado sem que nenhum pombo neles tenha residido….
PODEM OS POMBOS TRANSMITIR DOENÇAS AOS HOMENS?
Ouve-se por todo o lado que os pombos das cidades são perigosos, vectores de germes, portadores de doenças transmissíveis ao homem. Mas tal é mesmo verdade? Na realidade este pássaro não é mais contagioso que qualquer outro animal e esta má reputação feita ao pombo provem mais duma fobia colectiva, fobia alimentada, mantida pelas empresas especializadas na eliminação de pombos. É preciso que se saiba que o mercado da eliminação é muito importante, imaginem as centenas de milhares (ou de milhões) de pombos capturados e mortos todos os anos em França, e alarguem esta estimação ao planeta inteiro. Com efeito em muitos países observa-se o mesmo mercado económico apoiado sobre uma mesma fobia.
CONCLUSÃO
Diabolizou-se o pombo das cidades, uma fobia colectiva em relação a este pássaro nasceu depois do fim da segunda guerra mundial. Acusam-no de inúmeros males .: doença, sujidade, barulho. Não é o nosso medo da morte, o nosso mal estar moderno que transferimos assim sobre este animal, tornando-se um dos nossos bodes expiatórios?
Esta constatação não põe em causa o facto que ele esteja por vezes em sobrenúmero nas nossas cidades e que seja necessário controlar a população